Um Feliz Natal e um Bom Ano Novo a todos aqueles que visitam o meu blog. Que tenham muitas prendinhas e alegrias. Para o ano cá estaremos com mais post's.
22 dezembro 2006
Boas Festas!
Um Feliz Natal e um Bom Ano Novo a todos aqueles que visitam o meu blog. Que tenham muitas prendinhas e alegrias. Para o ano cá estaremos com mais post's.
17 dezembro 2006
Interrail - Parte 8: O regresso
A manhã foi passada a rever Copenhaga e a comprar alguns souvenirs já que na primeira visita não tinhamos comprado nada. Ao início da tarde fui à dentista. A senhora foi impecável. Viu os dentes todos e só achou uma cárie e pensou que era dali. Arranjou-me o dente e deu-me um comprimido para as dores. Pagámos uma pequena fortuna e fomos dar mais uma volta pela cidade. Ao fim de 2 horas estava de volta ao consultório porque as dores não me tinham passado. A senhora voltou a ver os dentes todos, tirou-me radiografia aos dentes do siso e achou que podia ser dali. Deu-me uns comprimidos para as dores achando que a causa seriam os dentes do siso a tentar nascer e que acabaria por passar. De facto, as dores abrandaram nas horas seguintes e decidimos partir para Amsterdão ao fim da tarde.
Durante a viagem conhecemos um casal, ele australiano e ela de Gales, com quem estivemos viajamos até Amsterdão. Ficamos com vontade de conhecer a Austrália e também o leste europeu por onde eles tinham andado e que descreveram como sendo locais a não perder. Depois de comermos qualquer coisa o australiano decidiu arranjar um compartimento mais vazio onde se pudesse esticar e dormir e nós os 3 lá nos arranjamos no nosso compartimento. A meio da noite tivemos de nos levantar porque entrou um senhor alemão, a quem nós tentámos, em vão, explicar em inglês que se estava a sentar no lugar do australiano. O sr. não percebia uma palavra de inglês e devia achar-nos muito idiotas por não percebermos alemão, passando o tempo a dirigir-se a nós em alemão.
Durante a noite as dores de dente regressaram mais fortes que nunca. O resto da viagem foi muito má. Chegámos com atraso à estação onde tinhamos de mudar de comboio e tivemos de esperar 1h30 pelo comboio seguinte para Amsterdão. A plataforma onde saímos era enorme e descemos pelas primeiras escadas que encontrámos. Saímos num corredor largo, de um lado eram entradas para as várias plataformas da estação e do outro eram cafés e pequenas lojas. A meio havia uma entrada para o metro. Achámos estranho não vermos bilheteiras nem nada relacionado com a estação. Bancos também não havia. Ainda voltámos a subir à plataforma, mas não descobrimos nada. O australiano acabou por esticar no chão uma das esteiras de campismo deles para nos sentarmos e ali ficámos 1h30 sem perceber o que raio se passava na cabeça dos alemães para fazerem uma estação daquelas e menos ainda porquê que toda a gente que passava ficava a olhar para nós como se fossemos aliens. Quando voltámos a subir para a plataforma e de percorrermos uma grande extensão de plataforma fez-se luz: tinhamos saído para o lado errado. A estação de comboios era do lado oposto ao qual nos tinhamos saído e como não percebiamos nada de alemão não tinhamos compreendido as indicações das placas.
Finalmente apanhámos o comboio para Amsterdão e a primeira meia hora deve ter sido a pior que me lembro. O comboio ia cheio e nós tivemos de ficar no corredor, apertadíssimo, entalados entre a parede, malas e uma cambada de putos que entrou na estação seguinte e que entupiram literalmente o corredor durante uns bons 15 ou 20 minutos enquanto tentavam resolver problemas de lugares. Os revisores estavam passados, ninguém conseguia passar ali. Foi caótico. Ainda viajámos no corredor algum tempo. Entretanto o australiano veio chamar-nos porque tinham encontrado uns lugares. Os meus dentes estavam em plena guerra comigo.
A chegada a Amsterdão foi alucinante. A primeira coisa que fizemos foi ir ao turismo para perguntar informações sobre dentistas e descobrir um mapa. Os mapas eram pagos e os 2 andares do posto de turismo estavam a abarrotar de gente a tentar marcar pousadas e hóteis. Aqui nos despedimos do casal que teve de ficar à espera pois não tinham alojamento marcado. Nós, sem mapa e desconhecendo Amsterdão, decidimos apanhar um táxi. A viagem foi irreal... Não pensei chegar viva ao hotel. Quando chegámos nem queriamos acreditar.. A praça onde o hotel ficava era só bares e restaurantes, a entrada era feita por um porta minúscula, à qual se seguiam umas escadas estreitas, onde as mochilas passaram por milimetros, inclinadas, daquelas que se tem de subir quase de gatas. A recepção era um balcão rodeado por portas que davam nem sei para onde. À nossa frente alguém se queixava que o quarto não tinha janelas.. Quando chegou a nossa vez, pediram-nos para pagarmos logo. Para ajudar, não aceitavam cartões. Lá fui eu procurar uma caixa multibanco. Sem conhecer nada, andei às voltas e acabei por perguntar numa livraria onde a sra. foi bem antipática e me deixou na mesma. Acabei por encontrar uma caixa, mas não consegui levantar dinheiro com nenhum dos cartões. As dores estavam cada vez piores. Voltei para o hotel quase em colapso. Acabou por ser o André que conseguiu levantar dinheiro. Enquanto isso, descobri que as empregadas de limpeza e o outro funcionário do hotel eram portugueses. O homem foi impecável comigo e assim que soube do meu problema fez logo uns telefonemas para me conseguir indicar um dentista.
Já com o quarto pago e sem mochilas a pesarem, fomos procurar o dentista. Encontrar um dentista aberto a uma sexta em Amsterdão deve ser missão impossível. Acabámos por entrar numa farmácia e as senhoras indicaram-nos um número de emergência para onde telefonámos e que nos arranjou um denstita nas próximidades da farmácia para essa tarde. Agradecemos às senhoras da farmácia e fomos dar uma volta. Lá tivemos de comprar um mapa de Amsterdão porque doutra forma nunca mais nos orientavámos. Descobrimos que estavamos perto da casa da Anne Frank e fomos até lá. As filas à porta dissuadiram-nos de tentar entrar, bem como o preço que pediam pela entrada. Demos uma volta pelas redondezas e fomos almoçar.
À tarde lá fomos para o dentista. Mais uma vez apanhei uma senhora impecável. Desta vez já sabia qual era o dente problemático pois nem lhe conseguia tocar. Ao fim de 2 radiografias a senhora concluiu que eu tinha não, mas dois dentes com uma infecção e um terceiro com cárie, tudo bem escondido porque os dentes por fora estavam impecáveis. Teve de me começar a desvitalizar o dente que estava pior, mas avisou-me que o outro podia começar a dar dores a qualquer momento. Depois de pagar nova fortuna e em pânico, sem saber quando é que o outro dente ia dar problemas, achei melhor voltármos o mais depressa possível para Portugal. Fomos ao hotel tomar banho e fomos até à estação de comboios. Descobrimos que não havia bilhetes para o dia que queriamos e que tinhamos de voltar no dia seguinte logo de manhã.
Aproveitámos o resto do tempo para passear por Amsterdão e ver algumas lojas de souvenirs, descobrindo que metade das coisas que se vendem estão associadas ao consumo de droga. Descobrimos também que Amsterdão deve ser o paraíso da comunidade gay, há bandeiras com arco-íris em tudo quanto é lado. A cidade estava cheia de gente e nota-se que é uma cidade muito internacional. Tivemos pena de não visitar algumas das atracções da cidade, mas por outro lado o ambiente não nos seduziu e acabei por não ter muita pena de não ver melhor Amsterdão.
De volta ao hotel, tentámos explicar que tinhamos de ficar menos uma noite. O gerente disse-me que como a reserva era de 2 noites no mínimo, não podia fazer mais que tentar vender o quarto e, se conseguissem, que me devolviam o dinheiro.
Já no quarto o André não aguentou o cachorro que tinha comido em frente à estação e vomitou tudo. Comigo cheia de dores ainda e com ele mal disposto, quando descemos para jantar não iamos com boa cara. A rapariga no restaurante achou tão estranho só pedirmos sopa que nos perguntou se tinhamos estado a fumar. Tivemos de nos rir e lá explicámos à rapariga o quê que se tinha passado de facto.
A praça onde o hotel fica deve ser das mais animadas à noite em Amsterdão e percebemos o porquê de um quarto com poucas condições como o nosso ser tão caro.
Na manhã seguinte antes de sairmos do hotel fomos saber se nos devolviam o dinheiro. Só nos deram metade do dinheiro da noite... O dia não começava bem e ia-se prolongar. Decidimos ir de eléctrico até à estação. Demorámos bastante tempo e perdemos o comboio. Felizmente havia outro 1 hora depois e continuavámos a puder fazer as outras ligações. Fomos de Amsterdão até Bruxelas e de Bruxelas para Paris. Em Paris tinhamos algum tempo e fomos tratar de almoçar. Decidimos tabém comprar uns chocolates para trazer. Só não nos lembrámos que mudar de estação em Paris é uma complicação. A pessoa anda quilómetros dentro da estação para chegar ao metro, depois é um sem fim de estações de metro e depois mais uns quilómetros a andar dentro da estação para descobrir a plataforma certa. Excusado é dizer que perdemos o comboio para Bordéus, onde tinhamos de mudar para Irún. Felizmente o comboio que saí de Paris directo a Irún não ia cheio e deu para virmos nesse. Em Irún tornámos a mudar de comboio. Foi o nosso último comboio. Desta vez decidimos viajar confortavelmente e ficámos em beliches. O compartimento era para 6, mas só vinha um senhor connosco. A noite passou-se lindamente, foi uma viagem sem problemas. Chegámos ligeiramente atrasados, mas isso já era de esperar.
E pronto, estávamos de volta. Chega assim ao fim o relato da nossa viagem. Tenho a dizer que o dente nunca chegou a doer...
11 dezembro 2006
Um post especial
Para ti namorado lindo: Obrigada por seres como és e pelos bons momentos que temos passados juntos nestes dois anos. Amo-te muito.
Aos que lêm o blog: Obrigado por partilharem estes bons momentos comigo.
P.S.- O relato da viagem continua brevemente.
04 dezembro 2006
Interrail - Parte 7: Noruega
Na manhã a seguir à chegada a Oslo decidimos gastar mais algum do nosso orçamento nos cartões turisticos para visitar Oslo e assim poupar algum em transportes e entradas de museus. Começamos por visitar o Viking Ship Museum. Confesso que estava entusiasmada por ver o museu, mas acabou por ser menos do que estava à espera. Acho que ficaria bem chateada por pagar 5 ou 6 euros para ver 4 salas... Felizmente que com o Oslo Pass não pagámos nada e assim até valeu a pena. Logo ali ao lado fica o Museu tradicional. Esse vale bem a pena visitar. Fizeram a reconstrução de consultórios de dentitas, farmácias, lojas, apartamentos, etc. ao longo dos tempos. Estão algumas pessoas a reconstituir profissões da época e são super simpáticas e prestáveis a explicar como tudo funcionava. Além disso, é possível ver a reconstituição das casas típicas de cada região da Noruega ao longo dos séculos. Há muito para ver e, como é ao ar livre, é uma visita muito agradável.
Nesse dia ainda visitamos o Munch Museum, que é pequeno e, quando nós fomos, ainda não tinha as obras mais conhecidas expostas (para quem não sabes, as obras foram roubadas à já algum tempo e foram recuperadas pouco tempo depois da nossa viagem, ou pelo menos uma delas foi). Visitamos ainda o castelo Akershus e o Nobel Peace Center. Vale a pena se tirarem o Pass, doutra forma.. não há muito para ver e as coisas na Noruega são caras. O que vale muito a pena visitar é o Vigeland Park e o Vigeland Museum. O Vigeland Park é um parque onde existem umas centenas de estátuas criadas pelo sr. Vigeland. O curioso do parque é que nenhuma das estátuas se repete, são todas únicas e representam as relações humanas. A mais conhecida é este rapaz de expressão furiosa.
Oslo por si só é interessante de se visitar, é uma cidade cheia de vida, inclusivamente à noite. Infelizmente não tivemos muito tempo para ver Oslo. A paragem seguinte foi feita no dia seguinte em Bergen. A viagem foi mais uma em comboio esgotado, infelizmente desta vez tivemos mesmo de ir no bar algum tempo. Os planos incluiam fazer um pequeno comboio turistico pelos Fjords a meio do caminho para Bergen, mas o tempo estava de chuva e nós achamos que não iria valer a pena o tempo e dinheiro investidos. A viagem até Bergen serviu para apreciarmos a paisagem norueguesa, bem diferente das planas Suécia e Filândia. As montanhas são uma constante, algumas cobertas de neve, cascatas de água caem pelas encostas e alimentam riachos de curso baixo e rápido. Só a viagem em si é fantástica. Aqui tivemos oportunidade de conhecer um norueguês que nos disse que o melhor da Noruega está no norte do país. Infelizmente, o norte não estava nos nossos planos e terá de ficar para próxima viagem.
Bergen é uma cidadezinha simpática, atulhada em turistas. Mas o passeio por Bergen explica o porquê de tantos turistas. As casinhas características do porto, as casinhas de Bryggen, património mundial, a vista do funicular, a igreja de madeira perdida no meio do campo.. tudo justifica. Bergen é daqueles sítios que se devem visitar e por isso aqui deixo umas fotos para abrir o apetite aos mais curiosos. As casinhas do porto são a imagem da cidade. Descobrimos também esta fantástica igreja, toda em madeira, no meio do campo (andamos imenso para lá chegar). Como se pode ver a vista do funicular é maravilhosa e vale bem o dinheiro da subida.
Em Stavanger conhecemos um alemão que andava a fazer Interrail sozinho e que nos acompanhou durante parte da nossa viagem de comboio nocturna. A viagem levou-nos a Oslo novamente, onde passámos a manhã seguinte. A viagem serviu também para recebermos um presente da companhia de caminhos de ferro norueguesa que nos deu um kit para dormir: uma manta polar, tampões para os ouvidos, almofada insuflável e uma venda para os olhos. Foram muito simpáticos.
Passámos a manhã a passear pelas ruas perto da estação e apanhámos o comboio para Copenhaga, onde iriamos dormir. O regresso começa aqui...
18 novembro 2006
Interrail - Parte 6: Entre a Finlândia e a Noruega
29 outubro 2006
Interrail - Parte 5: De Östersund a Helsínquia
Pouco passava da hora de jantar quando apanhamos o comboio em Östersund. A viagem ia ser curta pois tinhamos d mudar de comboio novamente por volta das 23h. Neste comboio conhecemos uma das personagens da viagem: uma rapaz alemão, com um inglês horrível e do qual eu não percebi muito, de óculos garrafais e que viajava unicamente em comboios nocturnos com uma mochila pouco maior do que a que a maioria dos miúdos usa na escola. O rapaz metia conversa com toda a gente, mas poucos percebiam o seu inglês misturado com alemão. O mais caricato é que insistia em que lhe dessem a morada, ainda que só conhecesse as pessoas à 5 minutos, esticando um caderno de escola e escrevinhando a dele num qualquer papel que tivesse no bolso (ainda estamos à espera que ele escreva...). No mesmo caderno coleccionava os carimbos das várias estações por onde passava. Confesso que nem me tinha ocorrido que as estações tinham carimbos quanto mais coleccioná-los... Trazia com ele uma máquina fotográfica ainda de rolo e um walkman (sim.. ele ainda usava os velhinhos walkman's). Conhecemos também a primeira "vítima" que este rapaz tinha feito quando chegou ao comboio, uma rapariga sueca de 25 anos que nos ensinou a pronunciar algumas palavras em sueco decentemente e nos falou um pouco dos seus conhecimentos dos povos nórdicos. Também tentou aprender algumas palavras em português, mas acho que ainda é mais dificil para eles aprender o português que nós aprendermos o sueco. No banco ao lado iam uns senhores de algum país ali da zona arábe que também tentaram entabular conversa connosco, mas o inglês deles também não era famoso...
A viagem estava a ser interessante, mas foi curta. Tivemos de mudar de comboio e o comboio seguinte deve ter sido o pior em condições que apanhámos. Aquilo parecia saido da Segunda Guerra Mundial... Os bancos rasgados, a cair de velhos, cheios de pó e nódoas, as portas dos compartimentos mal abriam de tal modo que tivemos dificuldade em entrar num. Em cima da mesinha do compartimento tinham uns pacotinhos com água que nós achamos melhor não experimentar. Sim, aquela gente bebe água em pacote e até mesmo em lata. É incrivel a variedade de águas com mais ou menos gás, com ou sem sabor que eles têm lá para cima. O comboio ia quase vazio e deu para esticarmos os saco-de-cama e dormir um bocado até às 3h da manhã. A esta hora tivemos de sair e ficar à espera na estação até às 5h30 por um autocarro que nos levasse até Umeå onde iriamos apanhar o barco para a Finlândia. Nessa noite não dormi muito como se pode constatar. À hora prevista lá apanhámos o autocarro. Chegados a Umeå tivemos de perguntar para onde era o porto dos barcos para a Finlândia e o motorista do autocarro apontou-nos outro autocarro parado no sentido oposto. Outro autocarro? Seria assim tão longe? Era! Incrivelmente longe! Não faço ideia por que raio fizeram um porto tão longe da cidade. Nova espera na estação dos barcos depois de gastarmos uma fortuna nos bilhetes de barco e jurarmos para nunca mais.
O barco foram 4 horas, algumas das quais a dormir, num barco cheio de motards. Já perto da hora de chegar, lembraram-se de anunciar que quem precisasse de táxi à chegada para ir avisar à cafetaria. Lá fui eu perguntar senão havia nenhum transporte sem ser táxi. Não havia... Qual é a ideia de construir uma estação de barcos e não colocar transportes? Eu sei que o barco também transporta carros, mas nem toda a gente ia de carro. Enfim, depois de gastarmos uma pequena fortuna estávamos finalmente em Vaasa, Finlândia. Nova espera na estação de comboios, onde aproveitamos para almoçar, e depois da hora de almoço apanhámos o comboio para Tampere, o nosso destino na Finlândia para essa noite.
Tampere é uma cidade não muito grande e é uma das mais importantes do país já que tem grande importância industrial. Pela cidade vêm-se várias chaminés de fábricas dando a entender a importância da parte industrial.
Quando chegamos estava a haver uma prova qualquer tipo triatlo no parque da cidade por onde passa o rio que se vê na foto. A cidade é muita gira e tivemos pena de não ter muito tempo para a ver melhor. Aqui descobrimos rapidamente o gosto pela bebida dos finlandeses. É frequente andarmos pela rua e vermos pessoas com pack's de cervejas ou pessoas sentadas a beber junto dos lagos ou jardins. E começam desde muito novos... Felizmente não incomodam ninguém e são um povo afável. Na tarde do dia seguinte seguimos para Helsínquia.
Helsínquia é uma cidade linda. Adorámos. A mistura de culturas é óbvia em toda a cidade. A cidade sofreu um grande incêndia por volta de 1800, altura em que estava sobre o domínio russo, e foi reconstruída à semelhança de S. Petersburgo. Os edifícios com influência russa são uma constante. As próprias pessoas já têm alguns traços fisionómicos semelhantes aos russos. Existem várias lojas de souvenirs russos e vai-se à Rússia em pouco tempo de comboio. Após a independência dos russos houve um explosão de nacionalismo e tentaram criar uma cultura finlandesa. A maioria dos edifícos são novos e um paraíso para quem gosta de arquitectura. Em cima, na foto, é a Catedral da cidade. É um edifíco enorme e magnífico, um dos meus preferidos na cidade. Ao lado está a Catedral Ortodoxa, outro edifício maravilhoso onde se pode ver a influência russa. As pessoas são super simpáticas. Houve um sr. que nos viu às voltas com o mapa e parou para nos ajudar sem que nós pedirmos. Fomos bem recebidos em todo o lado. Nem toda a gente fala o inglês, mas mesmo falando pouco mostram-se sempre prestáveis e tentam perceber e ajudar. A cidade tem um excelente sistema de transporte que nós fizemos questão de aproveitar. Tem um eléctrico que, além de fazer parte do sistema de transporte da cidade, é também turistico, parando nos pontos de interesse principais da cidade. Como Helsínquia é grande usamos bastante este transporte. Há muita coisa para ver na cidade. Gostámos particularmente das Catedrais, do monumento ao Sibelius (compositor finlandês) e da Igreja feita no meio da rocha (foto em baixo). Esta última é uma Igreja construída na rocha e, como se pode ver pela foto, o interior é todo em rocha. Vista de fora confunde-se com a paisagem e por dentro é muito simples, muita mais parecida com aquilo que eu acho que deviam ser as igrejas.
Helsínquia é de facto uma cidade a voltar e conhecer melhor. Depois de dois dias na cidade decidimos seguir viagem. A continuação fica para o próximo post.
05 outubro 2006
Interrail - Parte 4: Inlandsbanan entre Mora e Östersund
25 setembro 2006
Pedido de desculpas e E. coli
13 setembro 2006
Uma notícia sobre o Bush
08 setembro 2006
Interrail - Parte 3: De Malmö a Mora
Depois de 2 dias e meio em Copenhaga, apanhámos o comboio para Malmö. Malmö é uma cidade relativamente pequena no sul da Suécia e que fica a cerca de 40 minutos de comboio de Copenhaga. Passámos a manhã a visitar a cidade. O ponto de partida foi o castelo que me desapontou bastante. Parecia um pouco ao abandono e a maioria das coisas estavam fechadas, logo não havia muito para ver. Seguimos para a parte nova onde se encontra a torre do Calatrava. À parte da torre, pouco mais está concluído. É uma área ainda em construção e onde não há muito mais para ver.
Voltámos para o centro da cidade que, diga-se de passagem, não é muito grande. O centro é uma mistura de edifícios antigos com alguns mais recentes. Também aqui não há muito para ver. A cidade pareceu-nos bastante calma e bonita, mas sem grandes pontos de interesse turistico.
À tarde seguimos para Kalmar. Kalmar é uma localidadezinha na costa a alguns quilómetros a sul de Estocolmo. A única atracção é o bonito e bem conservado castelo medieval. É um sítio muito bonito, mas extremamente calmo. Calmo até demais! O turismo aqui vive da terceira idade que procura descanso e das pessoas que, tal como nós, vão ali exclusivamente para ver o castelo que o nosso guia indicava como uma coisa a não perder. Além do castelo existem alguns museus que não visitámos e uma bonita e simples igreja. Para o Norte da Europa constatámos que as igrejas são do mais simples possível, bem diferentes das nossas. Na tarde em que chegámos só conseguimos ver a igreja e dar uma volta para conhecer o sítio. Na manhã seguinte fomos visitar o castelo. Tivemos algum azar com o dia, estava nublado e ainda choveu um pouco enquanto visitavamos o castelo. Este é de facto um motivo de atracção. Está muito bem conservado e tem muito que ver, além de ter uma vista magnífica.
Valeu a pena a paragem neste sítio. Por volta da hora de almoço apanhámos o comboio para Estocolmo. Estava na altura de ir visitar a capital sueca. Confesso que não gostei de Estocolmo. É uma cidade escura, confusa e já com muita agitação. É talvez a mais internacional das capitais do Norte. Tal como seria de esperar, água por todo o lado. Estocolmo é cheia de largos canais e, por consequência, de inúmeras pontes. A parte antiga da cidade faz lembrar os bairros antigos de Lisboa, cheios de ruas apertadas e inclinadas. Por qualquer motivo que desconheço, é frequente sentir-se em vários sítios de Estocolmo um mau cheiro inexplicável, semelhante a vomitado. Muito mau! Tivemos oportunidade de assitir, por mero acaso, ao render da guarda do Palácio Real, residência oficial da família real sueca. Estava um sem fim de pessoas para assistir, mas eu confesso que acabei por desistir. Os senhores falavam muito, mas faziam muito pouco. Não vale a pena o tempo à espera para ver o render da guarda. A parte mais interessante é provávelmente aquilo que é vulgarmente conhecida como a Ilha dos Museus. A Ilha dos Museus é uma pequena ilha onde se encontram concentrados vários dos museus de Estocolmo, bem como um pequeno castelo. É bastante diferente do resto de Estocolmo, sendo mais um grande jardim que uma parte da cidade. Só tivemos tempo para visitar o Museu de Arquitectura, gratuito, e bastante interessante. Seguimos depois para a parte mais recente da cidade onde existem enormes ruas pedonais, repletas de lojas e sobretudo atulhadas de pessoas.
Penso que talvez não tenhamos conhecido a verdadeira Estocolmo. Mais tarde, encontrámos um rapaz alemão que tinha adorado Estocolmo. Para nós, Estocolmo como cidade foi uma desilusão. No entanto, vai ficar marcado pelas amizadades que aí fizemos. A primeira foi um dos recepcionistas do nosso hotel. Um rapaz pouco mais velho que nós, de longos cabelos ruivos e rosto sardento, com o hábito de usar pastilhas de nicotina sobre os dentes da frente, o que lhe dava um ar esquisito à primeira vista. Foi super prestável, ajudou-nos enquanto procuravamos na net por alojamentos, traduzindo os sites que estavam exclusivamente em sueco e acabou por ser ele que nos arranjou alojamento para a localidade a seguir, telefonando para o hotel de lá, uma vez que nós de sueco apanhávamos muito pouco. Além disso, mostrou-se sempre disponível para nos dar indicações sobre Estocolmo e sobre a Suécia, dando sugestões para o percurso e esclarecendo as nossas dúvidas. Revelou ainda uma enorme curiosidade sobre Portugal e sobre nós. Passámos muito tempo à conversa com ele. Outra amizade que fizemos foi com um sr. brazileiro, Valdir, que estava alojado lá no hotel. Assim que ele descobriu que eramos portugueses meteu logo conversa connosco, mostrou-nos fotos da família toda e dos inúmeros amigos e contou-nos a história da sua vida. Este sr. tem uma deficiência na perna e trabalha na rua à 14 anos fazendo malabarismos com as muletas e com uma bola de futebol. Segundo ele, já apareceu em vários jornais e telejornais. Tivemos oportunidade de assistir um pouco quando o encontrámos na rua e, pessoalmente, tenho de confessar que este brasileiro é "show de bola"! É impossível de esquecer a alegria, orgulho e sobretudo saudade com que fala da família e do seu país. É também impossível de esquecer a tristeza de meses de solidão em quartos de hoteis que por vezes lhe surgia no olhar. Valdir é uma daquelas pessoas excepcionais que nos marcam e nos dão uma lição de vida. É incrível como alguém que não fala quase nada de inglês e insiste em falar em português com toda a gente consegue que todos o compreendam. Foi das poucas pessoas que conhecemos nesta viagem com quem trocámos contactos e que vamos enviando alguns mail's de vez em quando.
Deixando as amizades recém feitas e Estocolmo para trás, seguimos para Mora e não, não é Mora no Alentejo, é mesmo uma cidadezinha a norte de Estocolmo e que fica junto a um enorme lago. Além de bonita e acolhedora, esta localidade é bem agitada, bem como as localidades vizinhas em torno do lago. Pelo que podemos constatar nos folhetos que trouxemos do turismo, Mora e alguma das localidades em redor do lago têm actividades durante o ano quase todo. Na altura em que fomos estava a haver uma concentração de carros antigos numa localidade próxima e Mora estava invadida de relíquias motorizadas. Haviam ainda umas pequenas festas com actividades que me lembraram aquelas que se vê nas feiras populares dos EUA. Tivemos pena de não ter muito tempo para ver melhor esta cidade. Mora é ponto de passagem de uma importante competiçao de ski e é um dos pontos de início do Inlandsbanan. O Inlandsbanan é um comboio turistico que se divide em 3 percursos, dos quais nós fizemos dois. No próximo post explicarei melhor o que é isto do Inlandsbanan.
26 agosto 2006
Breve ausência
24 agosto 2006
Interrail Parte 2: Segunda viagem e Copenhaga
Em Copenhaga senti-me como que em casa. É uma cidade acolhedora, de pessoas simpáticas e prestáveis, com uma arquitectura harmoniosa e de prédio não muito altos, o que torna a cidade bastante acolhedora. O centro é um pouco mais agitado, com bonitos edíficios antigos, ruas pedonais cheias de lojas e com muito movimento. Fica a foto do Town Hall.
A cidade é pautada pelas bicicletas. Toda a gente se desloca de bicicleta, independentemente do tempo ou da idade. Senti que era mais fácil ser atropelada por uma bicicleta que por um carro. Felizmente não passaram de uns "tlim-tlim"'s...
Além do centro destacam-se a Little Mermaid (claro!) e o bonito e agitado canal.
Além do centro, Copenhaga tem ainda várias ilhas mais pequenas, todas elas quando alguma coisa de interesse para ver. Aqui vou destacar Cristiania, um bairro onde os hippies e afins vivem em comunidade. Aqui pode-se encontrar enúmeras barraquinhas onde eles vendem coisas feitas por eles, desde postais, a roupa, e onde se vive um ambiente especial e particularmente liberal, sem que se sinta qualquer tipo de perigo. Os turistas são bem vindos desde que não se ponham a tirar fotos como se aquilo fosse algum circo. Eu limitei-me a tirar esta foto bastante geral só para que se veja o ambiente desta pequena comunidade.
Copenhaga é uma cidade com muito para ver e que nos ficou no coração. Tencionamos voltar assim que for possível. Foram dois dias e meio muito bem passados. A viagem continou para Malmö, Suécia.22 agosto 2006
Interrail - Parte 1: Primeira viagem e Paris
Após algumas fotos à torre de vários ângulos resolvemos descansar nos jardins. Passado pouco tempo vieram perguntar ser queriamos uma massagem. Acho que é impossível descrever o meu ar de espanto por me estarem a oferecer massagens em frente à Torre Eiffel. Enfim... A subida à Torre terá de ficar para um dia com menos calor e com filas menores. Nesse dia fomos ainda ver os Inválidos, pássamos junto ao Museu d'Orsay, vimos algumas das famosas e bonitas pontes sobre o Sena e passeamos pela cidade.
No dia seguinte começamos por apanhar uns bons 20 minutos de espera para ver a Sainte-Chapelle, mas vale bem a pena. Adorei. Seguimos para Notre Dame.
É sem dúvida fantástico. Pena que estivesse cheia de turistas barulhentos e japoneses mais preocupados em tirar fotografias a tudo o que se possa imaginar do que em ver a igreja com olhos de ver. Achos que eles só vêm de facto as coisas em casa pelas fotos. Notre Dame é imponente e tem uma beleza que não há palavras para descrever. É daqueles sítios que nos deixam arrepiados no bom sentido. Mais uma vez não sai desiludida. Tive pena de não subir às torres, mas as filas eram enormes e ao sol escaldante e nós desistimos assim que olhamos para elas. Seguimos pelas ruas de L'ile, lindissimas, e passamos o rio até ao Instituto do Mundo Árabe. Aqui fui surpreendida por um edifício moderno, mas que de uma forma original se adapta à função que lhe é destinada e ao povo a que se refere. Seguimos para o Panteão Nacional onde os preços exurbitantes para ver meia dúzia de túmulos nos dessuadiu de entrar. O almoço foi no Mac (que original!). Passámos parte da tarde nos Jardins do Luxemburgo, aconselhados por uma amiga, que são bem bonitos e que nesta altura estão cheios de franceses e turistas que, coitados, queriam estar na praia e não podem, então vão para os jardins de toalhinha e bikini estender-se ao sol.
Seguiu-se a Place de la Concorde, a Ópera, as famosas Galerias Lafayette e finalmente o Louvre.
O Louvre é enorme e às tantas parece tudo igual. Optamos por ver as coisas mais conhecidas. A primeira foi, claro, a Mona Lisa. A Mona Lisa é um quadro minúsculo, enfiado numa ciaxa enorme de vidro ou acrílico, nem percebi bem, colada numa parede sem mais nada, com dois seguranças, um de cada lado, e um cordão que impede que nos aproximemos demais. Está rodeada de gente e foi a custo que vi o quadro como deve ser. Seguiram-se as outras obras menos famosas, mas algumas mais interessantes. Saímos do Louvre com bolhas nos pés e desejantes de chegar ao hotel. Nessa noite caíu uma verdadeira tempestade em Paris.
O terceiro dia ficou para visitar La Villette e La Geòde. Para quem não sabe, a Geòde é uma esfera gigante de metal reluzente. Como o dia não estava grande coisa os turistas também não eram muitos. Seguimos para a Sacré Coeur onde aí sim, estava um sem fim de turistas, sobretudo orientais e que nos dificultaram a subida com os enúmeros pedidos para lhes tirarmos fotos. Tanto a vista lá de cima como a igreja em si são magníficas. Antes de irmos para o metro aproveitamos para comprar alguns souvenirs e seguimos para La Défense e fomos ver o Grande Arche que não é grande, é gigante. Descemos para ver o Arco do Triumfo e para descer Les Champs Elysees, uma avenida gigante, cheia de lojas famosas (e caras). Por último fomos ao Centro Pompidou que para mim não passa de um edifício demasiado moderno.
Por esta altura o cansaço era muito e resolvemos ir para a estação descansar enquanto esperávamos pelo comboio noturno para Copenhaga.
21 agosto 2006
De Volta...
23 julho 2006
De partida
Aqui vou eu de Interrail durante um mês. Vou tentar actualizar o blog com notícias da viagem sempre que possa. Para quem quiser contactar comigo o melhor meio é enviar um e-mail ou deixar aqui mensagem já que não vou levar o meu número habitual de telemóvel.
Umas boas férias para todos e espero que se divirtam tanto como eu espero divertir-me nesta vaigem.
16 julho 2006
Quase de partida



09 julho 2006
Rescaldo do Mundial
07 julho 2006
Eu e a minha incompreensão sobre D'ZRT
29 junho 2006
Falta de tempo...
22 junho 2006
Época de exames
16 junho 2006
Boas recordações
Esta fotografia e a música trazem-me excelentes recordações, fazem-me lembrar férias e não há muitas coisas que quisesse mais agora que ir de férias. E, senão me engano, isso deve ser um sentimento comum a muita gente. A foto foi tirada algures ao pé da Zambujeira do Mar. Espero que no final das férias deste ano tenha fotos de sítios bem mais longínquos (tipo Norte da Europa) para colocar aqui. A música, para quem não conhece, é do Jack Johnson.
10 junho 2006
Lisboa, um lugar estranho.
06 junho 2006
Um velho problema...
01 junho 2006
Mais uma foto
27 maio 2006
Um lembrete
22 maio 2006
Um post sobre cinema...
17 maio 2006
A aventura dos autocarros
15 maio 2006
Um pouco de photolog em vez de blog 2

Uma noite mal dormida..
13 maio 2006
Um pouco de photolog em vez de blog...

À pouco tempo descobri que fotografar flores de perto tem uns resultados fixes e tenho a sorte de ter uma máquina que até faz umas boas fotos. Eu sei que isto não é um photolog, mas de vez em quando vou pôr por aqui algumas fotos que tirei e gosto particularmente (não, não vão ser só flores). Esta é uma delas.