26 abril 2006

Música e barcos do Barreiro







Ao fim de algum tempo a realizar a mesma rotina há coisas que se tornam características e caricatas. Há 4 anos que frequento quase diariamente os barcos do Barreiro. Quem não frequenta regularmente os barcos do Barreiro não sabe do que falo, mas quem frequenta certamente que reconhecerá as situações.
À dois anos a esta parte mudaram os barcos. Agora temos uns catamarans modernos, com bancos confortáveis, um bar com aspecto decente, casas de banho das quais não provém nenhum cheiro pestilento e até tv e rádio. Ora, é esta última mordomia que originou este post...
O que é "aquilo"? Será mesmo necessário massacrar os ouvidos de quem anda de barco todos os dias com "aquilo"? "Aquilo" uma forma simpática de designar o que "toca" na rádio dos barcos e que alguém deve chamar música. "Aquilo" consiste numa não muito grande diversidade de coisas. Para ser precisa divide-se em dois tipos: estações de rádio sintonizadas ou cd's possivelmente levados por quem põe "aquilo" a atormentar os nossos ouvidos.
As estações de rádio podem ser duas: RFM e Romântica. Bom, quanto à primeira.. o que dizer? É uma rádio que passa música desde os anos 70/80 até aos nossos dias, mas é sobretudo virada para os clássicos. OK, há clássicos intemporais e que toda a gente gosta de ouvir, mas há uma diferença em passar clássico e passar "os clássicos". "Os clássicos" consistem naquelas músicas que, com algumas excepções, tipo chungaria e malta do untz puntz", gosta de ouvir e até sabe as letras de quase todos. Mas o que aquela rádio passa não são "os clássicos", mas sim aquelas músicas que ninguém gosta e já está mais que farta de ouvir no rádio dos pais ou avós, que invariavelmente está sintonizado no Rádio Clube Português ou algo ainda mais "cota". Salvam-se os poucos momentos em que se apanha as notícias. Quanto à segunda rádio, se a primeira não é grande coisa está vai de mal a pior. Primeiro o nome.. Romântica.. depois o tipo de música que passa: 90% brasileira e do tipo lamechas. Os temas das músicas são quase sempre os mesmos: um(a) ele(a) que deixou o cantor(a) em questão, um amor não correspondido ou um amor tão intenso que até faz sofrer. Tudo temas que fazem o cantor(a) em questão chorar e berrar ao longo de 3 ou 4 minutos de melódia sempre igual. Chamam a isso romantismo?????? Eu chamo a isso depressão, choraminguice! É deprimente. A rádio devia mudar de nome para Depressão ou Rádio dos Chorões. Cantores "romanticos" e trabalhadores da rádio em questão: Há coisas boas no amor ok? Nem tudo é mau! Uma musiquinha alegre de vez em quando calhava bem. Se bem que acho que não ia fazer sucesso entre os ouvintes dessa rádio. O tipico português gosta de cusquices, de intriga e, acima de tudo, tragédia! Ora aquilo não é mais que um rol de tragédias e desamores de alguém. Acredito mesmo que quem ouve esta rádio faz por acreditar que as letras são baseadas em factos reais e possui ali uma verdadeira orgia de tragédias para ouvir e que o fazem sentir menos infeliz.
Quanto aos cd's podem ser de dois tipos também: compilação de música brasileira ou kizombas. A escolha é feita para que cada música seja mais deprimente que a anterior.
Analisando as hipóteses só posso concluir que quem põe "aquilo" no ar só pode ser alguem deprimido ou que gosta de deprimir os outros. Aliás, eu acredito mais na segunda hipótese. E tudo se torna mais deprimente se for tocado de preferência antes das 8h/9h da manhã.
Os senhores que põe "aquilo" acham mesmo que é agradável ouvir aquele tipo de coisas quando se acabou de acordar à poucos minutos? Acho que se analisarem a taxa de suicidios e depressões dos frequentadores do barco do Barreiro vão concluir que os valores estão muito acima do normal. E a culpa é "daquilo"!
Às vezes o silêncio é a melhor opção.

24 abril 2006

Cerveja...

Ando às voltas com um trabalho sobre a cerveja e a mim coube-me a parte da história da cerveja e não pude deixar de registrar aqui alguns dos meus recentes conhecimentos.
1. A história da cerveja tem mais de 6000 anos. Isto pode explicar alguns acontecimentos estranhos da história da humanidade. Vamos a ver e foram provocados por alguém que bebeu cerveja a mais...
2. Há quem ache que parte do carregamento da Arca de Noé era cerveja. Será que até Deus também gosta de cerveja? Pelos vistos devia beber-se cerveja nas missas e não vinho...
3. Em sumério cerveja significa pão líquido. Pessoal não se escandalizem quando alguém com ar esfomeado vos pedir dinheiro para um cervejola. Afinal está a tentar comer pão poupando-se ao trabalho de mastigar.
4. Antigamente a cerveja era feita por mulheres. Afinal a profissão mais antiga do mundo talvez seja a de cervejeira!
5. As egipcias usavam cerveja como cosmético. Alguém que usa risco preto até às orelhas não tem credibilidade sobre estética.
6. A cerveja foi usada como modo de pagamento aos trabalhadores. O Governo português ainda não se lembrou disto.. Acabavam logo as greves.
7. Na Idade Média a cerveja passou a ser fabricada por monges. Continuo com a minha teoria que se devia beber cerveja nas missas.
8.A 26 de Abril de 1516, o Duque Guilherme IV da Baviera, desagradado com adições estranhas, como fuligem, cal, ervilha, etc., decretou a Lei de Pureza com a finalidade de regularizar o processo de fabrico de cerveja. Cal ou fuligem na cerveja??????
9. Em Portugal consume-se cerveja desde o século XVII. Como sempre atrasados em relação ao resto do mundo.
10. Na Bélgica existem mais de 500 cervejarias e na República Checa bebem-se 180 litros anuais per capita. Bêbados!
12. O consumo moderado de cerveja protege de doenças cardiovasculares. Cheira-me a desculpa para beberem mais.
13. A cerveja é um bom diurético. Olha a novidade...
14. Segundo as minhas fontes de investigação a cerveja faz bem à osteoporose, ajuda na prevenção de vários tipos de cancro, faz bem à visão, reduz o risco de Parkinson, ajuda na protecção contra a acção de Helicobacter pylory, uma bactéria que pode provocar úlceras estomacais, reduz o risco de formação de pedras nos rins, reduz o risco de diabetes tipo 2 e, melhor que tudo, NÃO ENGORDA. É o medicamento ideal.. faz bem a tudo.
Em resumo... Bebam muita cerveja, mas cuidado com os efeitos desidratantes do álcool.

22 abril 2006

Eu e o meu futuro...


Este post surge porque às vezes a melhor forma de exorcizarmos os nossos medos, os nossos receios, ou pelo menos diminui-los, é falarmos sobre eles. É partilharmos o que sentimos.
Recentemente fui confrontada com uma agitação frenética por parte dos meus colegas, despoletada por uma reunião sobre estágios. De repente deu-se uma correria sem precedentes para fazer currículos, para procurar sítios onde fazer estágios e.. eis que surge em todos a preocupação natural com o estágio. Fui cilindrada por esta agitação, incapaz de me por à margem de tudo isto. E assim veio ao de cima uma preocupação, um receio que já há algum tempo me tinha começado a infernizar, mas que até aqui tinha mantido controlado e escondido, já que faltava uma enormidade de tempo, pensava eu, para me deparar com esta realidade.
Não me preocupa propriamente para onde vou, se vou para longe ou perto de casa, se fico em Portugal ou se vou para fora. Preocupa-me o que vou fazer e quais serão as minhas capacidades para fazer o que me for proposto. Assusta-me a ideia de deixar de fazer a única coisa que sempre soube fazer na minha vida: estudar. São demasiados anos envolva em livros e cadernos, em colegas e professores, em trabalhos e exames, na vida de estudante duma forma geral.
Ao fim de quase quatro anos de curso, quando o fim já se avista no horizonte, continuo a sentir que pouco sei, que pouco aprendi sobre a minha área nestes quatro anos. Se calhar não era suposto aprendermos muito sobre determinada área. Se calhar a intenção era aprendermos algo sobre nós próprios, sobre as nossas relações com terceiros, sobre como trabalhar sobre pressão, sobre como saber coordenar uma enormidade de trabalhos completamente distintos e mesmo assim fazê-los com alguma qualidade. Não sei se era isso que era suposto termos aprendido, mas é isso que consigo espremer de quatro anos de ensino superior e sobra muito pouco de aprendizagens que possam um dia a ser úteis no que trabalhar. Sobra muito pouco de informação sobre as áreas em que temos hipótese de enveredar. Essa é outra das minhas preocupações... O que fazer? Que área seguir? Tenho as minhas hipóteses, como é óbvio, mas será que se escolher alguma delas vou gostar realmente? Não me estarei a iludir pensando que determinada área propociona algo que não é bem a realidade?
Achei por bem que este ano estaria na altura de desfazer algumas dúvidas sobre as áreas que me interessam. Decidi assim começar a trabalhar no laboratório de ambiente do técnico. Não posso dizer que me tenha desiludido, mas o tempo para lá estar não é muito e até agora ainda não tive tempo suficiente para desfazer as minhas dúvidas. Anceio por mais tempo para me dedicar ao laboratório, para me dedicar a desfazer as minhas dúvidas. Se por um lado assusta-me acabar os estudos, por outro há muito que me sinto farta de aulas, trabalhos, professores.. Desejo um semestre mais livre para me dedicar a descobrir os meus gostos para que não me arrependa no futuro de decisões tomadas agora.
O que me assusta no estágio não é a escolha do sítio para onde vou, não sentir que não aprendi tanto como esperava nestes anos.. Sei que podia ter dado mais de mim nestes anos, mas teria de abdicar em parte da minha vida pessoal e social e recuso-me de fazer tal coisa. No entanto, não acho que seja por isso que sinto que aprendi menos do que queria. Não receio não ser a melhor quando sair da faculdade. Sou só mais uma estrelinha entre os milhares que existem no firmamento. Não posso esperar que o meu brilho, ainda tão recente e inexperiente, ofusque todas as outras. Tenho noção que tenho muito que aprender. O que me assusta é não saber se vou fazer a escolha certa, se vou escolher ou não algo que vou gostar. É o receio de não saber sobreviver num mundo completamente diferente do mundo de estudante. É não saber se vou saber lidar com atitudes que são tão comuns no mundo do trabalho, mas que não entendo. Assusta-me a perspectiva de me ser retirado de repente o único meio que conheço e de finalmente perder toda a irresponsabilidade e inocência infantil que ainda me resta.

More than words...

"Saying "I love you"
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you
Not to say, but if you only knew how easy
It would be to show me how you feel
More than words
Is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say that you love me
'Cause I'd already know
What would you do if my heart was torn in two?
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away?
Then you couldn't make things new
Just by saying "I love you"
More than words
Now that I've tried to talk to you
And make you understand
All you have to do is close your eyes
And just reach out your handsAnd touch me
Hold me close, don't ever let me go
More than words
Is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say that you love me
'Cause I'd already know
What would you do if my heart was torn in two?
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away?
Then you couldn't make things newjust by saying "I love you"
More than words
More than words"

Extreme

Fica assim registrada aquela que é talvez a minha música preferida. Às vezes as músicas mais simples são as que dizem mais.

21 abril 2006

O blog

Bem, para já devia explicar o título.. A Lua.. O.K., quem me conhece sabe que sou fascinada por este astro que está tão ligado ao nosso planetazinho e o malva porque é a minha cor preferida..
Quanto ao blog.. Bem a intenção é ser um espaço para eu descontrair e escrever sobre o que me vai na cabeça. Não espero ter resmas de visitantes e menos ainda toneladas de comentários, mas agradeço a todos os que por aqui passarem e quiserem deixar a sua opinião.