22 agosto 2006

Interrail - Parte 1: Primeira viagem e Paris

Saimos de Lisboa, Santa apolónia, no comboio das 16h01. Assim que entrámos no comboio encontramos caras conhecidas do Ist no compratimento ao lado do nosso. Infelizmente para eles, o compartimento onde iam encheu e passaram uma noite péssima. Nós tivemos mais sorte, além de nós os dois só iam três italianas, Francesca, Valentina e Claudine, no nosso compartimento de 8 pessoas. As raparigas meteram logo conversa connosco e soubemos que já iam na segunda semana de três. Passamos o serão a jogar Uno e as italianas ensinaram-nos a jogar Poker, conhecimento que nos permitiu ocupar alguns tempos mortos no resto da viagem. Quando foi para dormir lá andámos às voltas para arranjar espaço para todos e às tantas uma das italianas preferiu ir dormir para o chão, onde pelo menos conseguia estar esticada. Dormimos mal, encolhidos, mas dormimos... nem todos naquele comboio puderam dizer o mesmo.
Em Hendaye separámo-nos das nossas companheiras de primeira viagem e apanhámos o TGV para Paris. Curtia saber porque raio os franceses cabam tanto o TGV... C'est une merde! Uma hora de atraso!
Já em Paris tivemos sorte de sair na estção mais perto do hotel e 5 minutos a pé bastaram para chegar ao nosso hotel e tomarmos finalmente um banho. Acho que depois de 15 horas de comboio nada sabe melhor que um banho. E aí estavamos nós, prontos para ir à descoberta de Paris.
O primeiro objectivo foi obviamente a Torre Eiffel. Por acaso foi porque dava para ver do nosso quarto e achámos que não devia ser longe. Como rapidamente haveriamos de descobrir as distâncias em Paris são algo enganadoras. Fartámo-nos de andar antes de darmos com o raio da Torre.

Após algumas fotos à torre de vários ângulos resolvemos descansar nos jardins. Passado pouco tempo vieram perguntar ser queriamos uma massagem. Acho que é impossível descrever o meu ar de espanto por me estarem a oferecer massagens em frente à Torre Eiffel. Enfim... A subida à Torre terá de ficar para um dia com menos calor e com filas menores. Nesse dia fomos ainda ver os Inválidos, pássamos junto ao Museu d'Orsay, vimos algumas das famosas e bonitas pontes sobre o Sena e passeamos pela cidade.

No dia seguinte começamos por apanhar uns bons 20 minutos de espera para ver a Sainte-Chapelle, mas vale bem a pena. Adorei. Seguimos para Notre Dame.

É sem dúvida fantástico. Pena que estivesse cheia de turistas barulhentos e japoneses mais preocupados em tirar fotografias a tudo o que se possa imaginar do que em ver a igreja com olhos de ver. Achos que eles só vêm de facto as coisas em casa pelas fotos. Notre Dame é imponente e tem uma beleza que não há palavras para descrever. É daqueles sítios que nos deixam arrepiados no bom sentido. Mais uma vez não sai desiludida. Tive pena de não subir às torres, mas as filas eram enormes e ao sol escaldante e nós desistimos assim que olhamos para elas. Seguimos pelas ruas de L'ile, lindissimas, e passamos o rio até ao Instituto do Mundo Árabe. Aqui fui surpreendida por um edifício moderno, mas que de uma forma original se adapta à função que lhe é destinada e ao povo a que se refere. Seguimos para o Panteão Nacional onde os preços exurbitantes para ver meia dúzia de túmulos nos dessuadiu de entrar. O almoço foi no Mac (que original!). Passámos parte da tarde nos Jardins do Luxemburgo, aconselhados por uma amiga, que são bem bonitos e que nesta altura estão cheios de franceses e turistas que, coitados, queriam estar na praia e não podem, então vão para os jardins de toalhinha e bikini estender-se ao sol.

Seguiu-se a Place de la Concorde, a Ópera, as famosas Galerias Lafayette e finalmente o Louvre.

O Louvre é enorme e às tantas parece tudo igual. Optamos por ver as coisas mais conhecidas. A primeira foi, claro, a Mona Lisa. A Mona Lisa é um quadro minúsculo, enfiado numa ciaxa enorme de vidro ou acrílico, nem percebi bem, colada numa parede sem mais nada, com dois seguranças, um de cada lado, e um cordão que impede que nos aproximemos demais. Está rodeada de gente e foi a custo que vi o quadro como deve ser. Seguiram-se as outras obras menos famosas, mas algumas mais interessantes. Saímos do Louvre com bolhas nos pés e desejantes de chegar ao hotel. Nessa noite caíu uma verdadeira tempestade em Paris.

O terceiro dia ficou para visitar La Villette e La Geòde. Para quem não sabe, a Geòde é uma esfera gigante de metal reluzente. Como o dia não estava grande coisa os turistas também não eram muitos. Seguimos para a Sacré Coeur onde aí sim, estava um sem fim de turistas, sobretudo orientais e que nos dificultaram a subida com os enúmeros pedidos para lhes tirarmos fotos. Tanto a vista lá de cima como a igreja em si são magníficas. Antes de irmos para o metro aproveitamos para comprar alguns souvenirs e seguimos para La Défense e fomos ver o Grande Arche que não é grande, é gigante. Descemos para ver o Arco do Triumfo e para descer Les Champs Elysees, uma avenida gigante, cheia de lojas famosas (e caras). Por último fomos ao Centro Pompidou que para mim não passa de um edifício demasiado moderno.

Por esta altura o cansaço era muito e resolvemos ir para a estação descansar enquanto esperávamos pelo comboio noturno para Copenhaga.

1 comentário:

Anónimo disse...

ah paris... ao ler este post lembrei-me de uma viagem que fiz que passei por esta capital europeia cheia de turistas... mas bem bonita!

para a próxima não se esqueçam de visitar Versailles!

:)